quinta-feira, 1 de julho de 2010

Desabafo

Estar sujeita a um trabalho, é mais do que escravidão. É submissão, escravidão, constrangimento.
Nestes últimos dias foi assim que me senti.
A desilusão com o ser humano, há muito tempo, duela em meu coração e em minha mente, os sentimentos humanos e aqueles divinos de perdoar e esquecer.

A dura realidade mostra como as pessoas pensam apenas e tão somente em si. Eu não caí na "real", ainda!
A pessoa esquece sua humildade, seu passado... suas lástimas... usa...abusa do trabalho...do nosso suor, das noites passadas em claro em nome da responsabilidade...não há contraprestação digna. Apenas manipula. Um dia aparece, ou não. Telefona apenas para dizer que outra pessoa fará o seu trabalho. Mas...não quer pagar por ele! Que feio.

Triste, deprimente, constrangedora horas de negociação sob pressão para se chegar a um valor vil, desprezível e refletir mais uma vez , se vale a pena ter "pena" do ser humano, pobre coitadinho, que chora mágoas e misérias financeiras , e voce com dó, se torna parceiro, sócio de trabalho, de suor...

O rosto irônico, frio, seco, palavras que surpreendem a alma delicada e fina de trato , é dificil esquecer. Mais um! É assim a rotina da vida , do trabalho.  Mas sabe, nem seria bem isso a falar de um mês denso, agitado, e ainda por cima com uma Copa do Mundo a trapalhar quer quer e precisa trabalhar.

Não dá para falar de São João , de São Pedro, das noites frias do inverno que chegou e da maravilhosa lua cheia que brilhava no céu entre as estrelas. Não dá para falar sobre a admiração muda da natureza noturna, manto sagrado que cobre a terra. A imaginação que vai longe, imaginando, buscando os seres amados em outras moradas. De olhar os aviões trilharem neste manto sagrado com o luar despontando no céu...De analisar os traços criados pelo Senhor B, no amor de seus exaustivos detalhes de uma obra recomeçada para acabamento de um pedacinho a mais de tantos outros pedaços a fazer... Não dá para falar da pessoa ingrata, que sempre viveu lá embaixo, pisada, e a quem se estende a mão na esperança de burilar sua alma e seus conhecimentos.

Não dá para falar das atitudes dos filhos, a volta de seus umbigos esquecendo que somos também seres humanos, cansados, magoados, estressados, decepcionados e nem sempre conseguindo esconder as lágrimas silenciosas que deixam em rolar pelo rosto, na tentativa de aliviar a pressão da alma... Somos apenas nós mesmos e Deus por apoio, por ombro amigo, por restauração de tantas emoções e sentimentos. O egoísmo decepciona. Amargura, desencanta.

Senhora B - 01 de julho de 2010 - 23:31hs

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