terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Pivete maduro

Lá estava, em plena Avenida Presidente Vargas, aguardando minha condução.
Observava as pessoas , pensativa , em mais um dia que minha paz interior refletia a serenidade de meu bom humor, passando por camelôs, lohjas, transeuntes, gritarias de vendedores.

Estava sinceramente exausta. O meu corpo não acompanhava meus pensamentos, minha alma no desejo de caminhar, explorar novidades, desanuviando e esvaziando qualquer sobra de estresse dos últimos dias.

A paz estava comigo. Dentro de mim. Eu podia sentí-la.

Serenamente olhei para o lado  atraída por algo. Era um homem, de média estatura, lembrava mais um garoto, gasto pelo tempo, russo em sua pele negra, pela falta de asseio, com boné vervelho e uma nota enrolada e amarrada no cordão, pendurada como se fosse um pingente... estes detalhes chamaram minha atenção e em movimentos automáticos, sem perceber, segurei a pasta e a bolsa de forma dlicada e instintiva, e de repente o tal sujeito arremessa sua mão ao meu pescoço .... Ouvi a linha de costura da gola de minha camisa e o "cara" correndo em disparada pela Avenida. Não demonstrei qualquer atitude de raiva, ódio ou de desespero: Olhei dentro de minha blusa e vi o cordão. No chão a medalhinha de São Bento... Sorri.

Ninguem entendia a minha calma e questionavam. Imediatamete respondi sem pensar: " Que babaca. Queria roubar bijuteria! Para que eu vou correr atrás dele?"  Mas agradeço os pressentimentos, os anjos ao meu lado, a paz que reinava em meu coração, a ausencia de raiva ou de mágoa, porque enxerguei naquela pessoa, um espírito baixo, e os Seres de Luz ao meu lado irradiavam  tanta luz e paz, que impediu qualquer acontecimento mais trágico... mas vale o alerta até mesmo para anda com bijuterias douradas.

(Senhora B em 16/11/2010 relatando o ocorrido em 12/11/2010 - São 12:06hs , agora)

Nenhum comentário: