segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ler , compreender


Há cinqüenta e cinco dias você partiu e neste período, em que tantos problemas absorveram minhas horas, quase numa reação proposital de não pensar, sem sucesso, passei a ler livros que pudessem me aproximar de você.

É verdade, inconscientemente eu quero te ver, sonhar contigo, andar atrás de você. É duro reconhecer que ao ler, Nosso Lar, Violetas na Janela, E a vida continua, 50 anos depois , O mundo em que eu vivo, na verdade eu queria saber onde você está, como você está.

Talvez eu não consiga sonhar contigo, para não sofrermos juntas. Não seja o momento e talvez eu não tenha ainda aceito que você realmente partiu. Isto não é uma obsessão mãezinha. Ninguém compreenderia como uma mulher adulta, centrada com sou, com filhos e obrigações do dia a adia, possa ainda estar se sentindo tão carente de você.

Nestas leituras, a compreensão do viver e morrer, do querer você viva, mas reconhecer que suas condições físicas já não lhe permitiam uma vida saudável traz contradições de sentimentos. O continuar da vida se faz necessário e com toda observação da dor sentida, sinto-me agraciada, felizarda pelos momentos que passamos juntas.

Devo compreender que, assim como os filhos crescem e segue cada um o seu próprio destino, sua própria família, este momento é muito seu, devendo ser respeitado o seu novo viver, sem dores, sem saudades amargas, como se estivesse vivendo agora em outro País, na verdade, um Mundo Espiritual em que a felicidade é possível. Nem por isso vou ter esquecer, nem por isso vou te amar menos, nem por isso vou deixar de sentir sua falta..

Certamente muitas outras vezes vou falar sobre você aqui, muitas vezes vou citar você em minhas conversas e certamente meus filhos terão você para sempre em seus corações. O amor é para sempre e essa essência maravilhosa vai te alcançar, onde quer que você esteja. (18/07/2009)

Nenhum comentário: