segunda-feira, 29 de dezembro de 2008


Tão belo é o meu homem!
Quantas mulheres não desejariam tê-lo para si? Quantas será que o cobiçam e me invejam?
Sim, ele é belo.
Toda a sua beleza porém, não o faz delicado. É um ser desconfiado que adoece sua própria alma.Não crê!

Cega de amor e de paixão o venho seguindo como a um deus.
É um deus homem, de carne e osso, é o homem fatal de minha vida.

A única lei para mim sempre foi a do coração e minha alma ferida, estraçalhada, rasteja por seus breves momentos de amor.
Doentia paixão que me cega, enfraquece minhas vontades, faz-me submissa à sua voz imperiosa.

Belo homem que não enxerga meu coração, não acredita nem dimenciona meu amor.

Meu marido, meu homem por dezesseis anos , por mais de 5.840 dias e que não me conhece...
E poderíamos ser imensamente felizes, rir e brincar, amar e viver um para o outro...

Vivo iludida sim, não quero pensar materialmente, para quê? Se assim estou foi para ao seu lado ficar, respirar o mesmo ar, cheirar o suor deste homem, beijá-lo nos momentos mais inesperados...

A cada filho, quiz imprimir reflexos deste amor, concretizar neles meu egoísmo, minha sede , réplicas e reflexos de meu homem, de meu amor...

Para quê?...
Os dias se passam, avançam-se os anos.
Quando viverei a plenitude deste amor? Peco pelo meu romantismo desvairado e sufocado?

Não, não sei se tu podes ser mais querido por alguém do que por mim, eu não maldigo minha escravidão, se é por amor.

Tens tudo de mim e peço tão pouco , e se sentes sufocado.
Te afogo, te sufoco com meu amor.

Me revolto. Me afasto. Olho a vida!
Te provoco e vejo reação. De que adianta? Amanha será tudo igual novamente...

Mas é a voce que eu quero.
É voce o senhor de meu coração, e é por voce que passados dezesseis anos, meu coração pulsa forte e me faz idiota em olhar-te embevecida ainda de paixão.

Como te amo quando me acaricia, quando graceja comigo , e me ama. Te queria eternamente assim , nestas frações de segundo em que sou completamente tua.

Ninguém te ama assim e você não valoriza este amor , me magoa e me faz odiar-te com tuas grosserias.

10/06/95

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