segunda-feira, 29 de dezembro de 2008




Se o vento falasse através da chuva que cai, sussuraria
palavras de ternura e consolo.

A dor nos faz egoísta, e apenas ouvimos os clamores do próprio
coração.

Que tamanha dor!

Mas aberta marcas de profundo sofrimento, a quem somente se
confessa ao vento e a chuva por puros em sua natureza e compreensivos
por sua observação muda, vê-se que a convalescença é lenta...

...tão lenta quanto dolorosa e se faz a busca do Espírito para sobrepor-se
aos obstáculos da vida.

Esperava do tempo, algo que somente poderia encontrar dentro de mim.

Respostas sussurradas pelo vento e pela chuva , que não quiz ouvir.


A terra seca vivificava-se novamente com a natureza que derramava gotas milagrosas
e floresciam as árvores, o verde do gramado.

Tão importante é o sonho e o quanto é difícil divisá-lo da realidade...

Brinca o tempo comigo, quando com seriedade o via passar.

Esqueci de viver e nada posso fazer.

Continuo admirando a Paz, a Chuva, as gotas serenas que sobre meus lábios rolaram
e que trouxeram vida a minha'lma sofrida, e orando pela restauração das dores que somente
a alma calada e silenciosa, observadora e sensível pode perceber quando transpassa no
olhar, é que posso seguir adiante.

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